Alterações nas Pintas e Câncer de Pele: Quando Procurar um Dermatologista e Como se Proteger

Com a chegada dos dias mais quentes e ensolarados, é comum passarmos mais tempo ao ar livre, aproveitando as atividades ao sol. No entanto, a exposição ao sol também traz o aumento da exposição aos raios ultravioleta (UV), o que pode impactar a saúde da pele. Quer você tenha uma ou muitas pintas, é essencial entender quais são as características normais dessas marcas e o que fazer se notar mudanças.

O Que São Pintas?

As pintas, ou nevos, são aglomerados de melanócitos, células responsáveis pela produção de pigmento na pele. Elas podem aparecer em qualquer lugar do corpo, incluindo áreas menos visíveis como o couro cabeludo e embaixo das unhas. Essas marcas são comuns e, muitas vezes, inofensivas. No entanto, algumas alterações em suas características podem indicar a necessidade de uma avaliação.

Alterações nas Pintas: O Que é Normal?

É absolutamente normal que as pintas mudem ao longo do tempo. As pintas podem clarear ou escurecer, aumentar ou diminuir e, em alguns casos, até desaparecer completamente. Alterações devido à exposição a fatores ambientais, como a radiação UV do sol ou o uso de câmaras de bronzeamento artificial, são comuns. Até mesmo alguns medicamentos podem influenciar no aparecimento de alterações nas pintas.

No entanto, é importante diferenciar essas mudanças naturais de sinais de alerta para condições mais graves, como o câncer de pele.

Sinais de Alerta: Quando Procurar um Dermatologista?

Embora as pintas possam mudar ao longo do tempo, algumas alterações específicas merecem atenção. Fique atento aos seguintes sinais:

1. Mudança de Cor: Pintas que apresentam várias cores, ou que mudam repentinamente de marrom para preto ou vermelho, podem ser suspeitas. Se você observar essas alterações, é aconselhável procurar um dermatologista para avaliação.

2. Sangramento: Uma pinta que começa a sangrar espontaneamente deve ser observada com cautela. Embora o sangramento possa ser causado por uma lesão acidental, é sempre melhor ter uma opinião profissional.

3. Crescimento Continuado na Vida Adulta: Durante a infância e adolescência, é natural que as pintas cresçam em proporção ao corpo. Contudo, em adultos, o crescimento das pintas deve estabilizar. Se uma pinta continuar crescendo após os 40 anos, é importante procurar orientação médica.

4. Novas Pintas Após os 50 Anos: O desenvolvimento de novas pintas em adultos com mais de 50 anos é incomum. Caso apareçam, é indicado consultar um especialista para uma avaliação completa.

Como Proteger a Pele e as Pintas?

A melhor forma de proteger sua pele é usando protetor solar com fator de proteção (FPS) de pelo menos 30, reaplicando a cada 2-3 horas. Além disso, é importante lembrar que roupas de proteção com Fator de Proteção Ultravioleta (FPU) de 50 ou mais também ajudam a prevenir os danos dos raios UV, mesmo em áreas cobertas.

Vale lembrar que o melanoma, uma das formas mais graves de câncer de pele, pode ter um fator hereditário. Portanto, quem possui histórico familiar de câncer de pele deve redobrar a atenção e adotar medidas preventivas mais rigorosas.

O Papel do Dermatologista

Ao observar mudanças nas suas pintas ou notar novas marcas na pele, a especialidade médica mais indicada é a dermatologia. Dermatologistas são profissionais capacitados para diagnosticar e tratar possíveis alterações de pele, incluindo a detecção precoce de sinais de câncer de pele. Consultas regulares com esse especialista são fundamentais, especialmente para aqueles com histórico familiar de câncer de pele ou com múltiplas pintas irregulares.

Dicas SPASS

A exposição ao sol pode trazer benefícios, mas também riscos, especialmente para a pele. Ficar atento a alterações nas pintas e adotar medidas preventivas, como o uso de protetor solar e roupas adequadas, são passos importantes para reduzir os riscos de câncer de pele. Caso observe alguma mudança suspeita, não hesite em buscar a opinião de um dermatologista. Cuidar da pele é um investimento em saúde a longo prazo.